
O processo tem início em uma curadoria de referências e imagens através de meios digitais. Lá são alteradas de diversas formas (achatadas, duplicadas, agregadas a outras imagens, cores invertidas) a fim de se obter um resultado mais coeso. As imagens selecionadas são tracejadas por um lápis sobre uma folha de papel vegetal, transparecendo os contornos. Ou, então, as imagens são desenhadas a mão nas folhas coloridas. Após, as linhas são transformadas em chapas lisas de cores através do recorte, sendo dispostas em cima de uma grande cartolina, como uma tela. As imagens que foram desenhadas no papel vegetal são postas acima das folhas coloridas, servindo como linhas guia à tesoura. As chapas de cores são dispostas de inúmeras formas, testando as possibilidades de combinações dentro do limite da forma base, até alcançar o resultado final, que então é colado.
O conceito base se estende ao longo da criação das obras: a corrupção e fetichização de imagens geralmente relacionadas ao mundo infantil, ao mundo das subculturas da internet e cultura pop; o estranhamento que causam essas figuras opostas juntas; o cuidado com a sensibilidade para transparecer o sentimento de decadência em um tom trágico e cômico, que é proposto desde a escolha dos materiais simples, aos conteúdo das obras.


















